Uma
e Três Cadeiras, Joseph Kosuth,1970.
A tecnologia moderna visa
responder de forma sempre satisfatória às novas necessidade do homem. O homem
moderno é cada vez mais receptor/consumidor. portanto, a enorme quantidade de
imagens que hoje habitam e constroem o mundo respondem simplesmente à
vontade/necessidade, que o homem tem de ver o seu próprio mundo projetado.
Estas imagens respondem a uma espécie de afastamento que tornam possível a
aproximação/compreensão, o sentimento de pertença, veja-se o caso dos cada vez
mais banais simuladores “secund life”.
A tecnologia moderna exerce no
homem uma espécie de alienação, pois é ela que segundo Heidegger domina o
homem. A tecnologia opera o nivelamento do homem, cria as sociedades de massa,
altamente produtivas e consumistas, onde a solidão impera. Nesta sociedade de
massas o homem coloca de lado a sua individualidade e as suas múltiplas
possibilidades, reservando para si esse papel de mero ordenador de energia (bestand),
pois recebe as imagens já criadas e transformadas pela tecnologia universalizante
e globalizadora.
Heidegger
vê a natureza e a arte como a saída desta generalização do pensamento e do
homem-tecnológico. Para o autor natureza e arte partilham um mesmo caminho com
a verdadeira essência da técnica (téchne). Na arte reside o domínio do
real, o questionamento, a diferença, o desvelamento. Contrapondo o
processo Ges-tell, que domina a arte moderna onde tudo é descartável e
substituível. Heidegger revela que espera que a arte seja na sua essência plural,
cheia de possibilidades, libertadora, aberta a múltiplas experiências. O autor
revê na arte a possibilidade de salvação do homem, a única forma deste se
voltar a ligar com a natureza, de se ligar às suas raízes e origem.
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